quinta-feira, 30 de abril de 2009

"Celebra tudo aquilo que te faz feliz."


7 up

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Têm tendência para olhar para minha vida e darem palpites, manifestarem opiniões e fazerem sugestões. E eu, que ouço só até perceber onde querem chegar, quando chego à fase de desligar o som e ficar ali à espera que o assunto acabe de uma vez, só me pergunto por que raio é que acham que me conseguem convencer que os desejos deles são os meus. Quem é que lhes terá dito que a minha vida seria muito melhor se concretizasse os desejos deles em mim? Por que motivo escondido podem achar saber o que lhes faz falta também me faz a mim? Como é que podem insinuar que o que querem é o que eu também quero?
Preferia mil vezes que me dissessem que se fizesse assim ou assado ELES seriam mais felizes. Eu logo veria o que poderia fazer, se poderia ajudar ou não, se lhes poderia valer. Agora fazerem-me crer que sou a tolinha que não sabe avaliar o que é melhor para si mesma ou que não sabe escolher o caminho, isso é que não.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Se eu pudesse, avançava os ponteiros do relógio mais umas horas e fazia os dias do calendário avançar mais um bocadinho. Matava esta ansiedade, sabendo o que o futuro mais próximo me reserva.
Não queria saber tudo; isso não, que fazia a vida perder metade da piada. Saber que nunca mais iria sorrir ao olhar para trás e pensar na relatividade das coisas, faz-me logo desistir da ideia. Não quero saber do futuro em grande escala Não quero saber se vou morrer aos 50 ou aos 80, se vou ter filhos ou não, onde estarei a trabalhar daqui a uns anos. Não me interessa saber o que o futuro me reserva, porque gosto de surpresas, porque gosto muito de surpresas, e porque, bem vistas as coisas, tenho tido uma boa vida. (E tenho feito por isso.) E também não me interessava muito regressar ao passado para o mudar. Talvez seja porque não me preocupa o que já lá vai e talvez seja porque a memória, a minha memória, guarda bem mais as coisas boas. (Felizmente!)
Preocupa-me o presente sim, o viver em ansiedade, o não me sentir bem neste momento e saber que tudo se deve a ter de esperar. Detesto esperar seja pelo que fôr. Detesto não ter o controlo das minhas coisas, estar dependente dos outros ou de alguma coisa.

quinta-feira, 23 de abril de 2009



Não foi o facto de ter sido descoberta uma pessoa que é feia e canta soberbamente que pôs esta senhora nas luzes da ribalta. Desenganem-se. O que fez despultar a controvérsia foi o preconceito que todos nós nos demos conta de ter, quer o assumamos quer não.

Uma imagem vende muito, é certo. A nossa aparência dá, inevitavelmente, uma ideia de nós. Não é à toa que nos vestimos de uma determinada forma para trabalhar, de outra para sair à noite e de outra para ir de fim-de-semana. Nessa escolha tão vulgar, e tantas vezes mecânica, ainda que inconscientemente, pretendemos transmitir uma determinada imagem a nosso respeito, queremos ser vistos pelos outros de uma determinada maneira. Isto não tem nada a ver com o facto de se ser bonito ou feio. Há pessoas bonitas que cuidam muito pouco da aparência e há pessoas bem feias que cuidam tanto da aparência que quase disfarçam que são feias. Com a subjectividade inerente, poderia, aqui, dar imensos exemplos e pôr imensas fotografias, mas não estou pra isso.

Aparecer alguém que, objectivamente, é feia, faz-nos logo pré-conceber uma ideia sobre a pessoa, soltar lá bem no íntimo "coitada" ou o famoso "que é isto?!" e, como se costuma dizer, não dar nada por ela. E falo da primeira impressão, não de um reconhecimento intelectual que levou anos a construir a que, depois, se juntou uma imagem. Quando a pessoa demonstra ter capacidades que em nada se comparam com o físico, como foi o caso da Susan Boyle, é que são elas. Há que engolir o sapo, reconhecer o preconceito e render-se perante as evidências. Depois, há que melhorar-lhe a aparência... Então no mundo do espectáculo, não haja dúvidas. Dou uns meses para a mulher aparecer remodelada.

Pior que isto é, sem dúvida, quanto a mim, a aceitação resignada da bela estúpida a que nos habituámos. Rendemo-nos perante a beleza de alguém que mal consegue articular duas ideias, que não atinge aquilo que se lhe diz e que auto-denomina esquecida ou distraída, como se fossem sinónimos de burrice. Aceitamos mais facilmente alguém que seja gira e burra, e conseguimos conviver com esse alguém perfeitamente. Dá-se-lhe o desconto em nome do belo e ignora-se o resto. E isto porquê? Porque, de facto, quer se goste muito, quer pouco, toda a gente gosta de olhar para coisas bonitas, de estar acompanhado de pessoas bonitas.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

terça-feira, 21 de abril de 2009

Ainda gostava de saber se esta mania dos almoços (e jantares) é só portuguesa ou se o resto do mundo faz igual. Por terras lusas, parece que ninguém sabe tratar de nada se não tiver uma almoço pelo meio. Toda a gente convida toda a gente para almoçar quando quer mais alguma coisa do que isso. Sejam conversas profissionais, sejam de tipo mais íntimo, lá está o almoço. E eu, que almoço porque tem de ser, não entendo esta mania de discutir coisas às refeições, quando toda a gente sabe (ou deveria saber) que não se fala com a boca cheia.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Caloteiros há para todos os gostos. Depois de alguns (demasiados) anos a aturá-los, já me começa a faltar a paciência para a conversa da treta de quem estoirou o que tinha e o que não tinha e entalou os outros e ainda acha que a sorte é que não está a seu favor porque as coisas até corriam bem. Pois corriam. Enquanto é pedir e gastar, é óbvio que correm bem. A sorte só muda quando a torneira seca e há que pagar. Ou que ir pagando. Aí é que são elas. E lá vêm as lamúrias, as queixas, os choros, os ai Jesus, as promessas, o enrolar de mentiras umas nas outras.
Não sou contra o crédito, antes pelo contrário. Aceito que o crédito, quando usado com bom senso, como, aliás, tudo na vida, é uma grande mais valia que nos permite concretizar sonhos que, de outra forma, seriam completamente negados mal surgissem no pensamento. É a forma que temos de ir ao outro lado do mundo, de ter uma casa ou um carro, de comprar aqueles sapatos que vimos e a que não resitimos, de dar aquele presente, etc, etc. Numa sociedade em constante evolução, em que tudo está tão à mão de semear, em que os apelos da publicidade são mais do que muitos, em que proliferam shoppings como cogumelos, é impossível querer viver negando essa realidade qual carmelitas descalças a quem basta o essencial ou viver segundo os parâmetros dos nossos bisavós que juntavam para poderem ter. É claro que a nós, geração coca-cola, não nos basta ter o necessário para o dia a dia e com os ordenados que por aí andam nunca mais conseguíamos ir a Nova York se estivessemos à espera de juntar dinheiro.
Mas daí até perder o norte e confundirmos o que somos com o que temos vai uma distância bem grande. Quer se goste, quer não, o que se ganha não dá para férias do outro lado do mundo a toda a hora, roupa, sapatos e cabeleireiros todas as semanas, grandes carros e casas ainda maiores, para o último iphone. Há que ter consciência do que se ganha e do que se pode ter, compreender que para se terem umas coisas não se podem ter outras e optar por aquilo que realmente nos faz felizes, estabelecendo prioridades. Salvaguardar o essencial, darmo-nos a um luxo ou outro de vez em quando e não perder a noção do valor das coisas. E não esquecer que não passam de coisas.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Houve tempos em que joguei tanto Tetris que mal podia esperar para jogar de novo e cheguei mesmo ao ponto de sonhar com as peças. Numas férias, cheguei a fazer tantas palavras-cruzadas que só via quadrados à minha frente. Vi a série integral de "O sexo e a cidade" apenas com os intervalos necessários ao trabalho e às necessidades essenciais de higiéne e alimentação. Agora, e porque a idade não muda gente viciável como eu, cá ando a ler sofregamente a obra póstuma de um dos mais geniais escritores de todo o sempre. Senhoras e senhores: Stieg Larsson!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Não gosto. Detesto a expressão "como se não houvesse amanhã". Explicação? Não tenho. Soa-me mal como tudo e tenho-a lido vezes a mais. Deve ser por isso.


Juro pela minha saudinha que até tentei. Aliás, estou desde as 8h30m da manhã a tentar, mas como ainda não consegui, parece que estou condenada a não fazer as contra-alegações hoje. Já escrevi algumas linhas, mas a falta de convicção impera e nota-se. Se desse entrada do que escrevi hoje ía ter vergonha na certa quando recebesse o Acórdão. Por isso, mais vale aproveitar as férias judiciais e esperar por melhores dias, isto é, por dias mais produtivos, que este até não tem sido nada mau. Já deu para falar no messenger mais do que numa semana inteira, para actualizar a leitura dos blogs, fazer pesquisas para as férias, pagar contas e fazer marcações daquilo que é mesmo essencial à sobrevivência, como seja ir ao cabeleireiro ou à manicure. Sobretudo, já deu para decidir que o final do dia vai ser passado de molho, com cigarros e martini, a Elle e a Máxima por companhia. Só falta mesmo é que o tempo passe e possa ir fazer algo produtivo.
Imaginemos: eu vou ao médico, queixo-me disto ou daquilo e saio de lá com uma receita de um medicamento que irá curar o meu mal. Na ânsia de me curar rapidamente, corro à farmácia mais próxima e o farmacêutico diz-me que há um medicamento mais barato do que aquele que fará a mesma coisa e pergunta-me se não prefiro levar o mais barato. Fico em dúvida, com a consciência balançada entre o meter algum ao bolso e o barato sai caro.
Parece que tem sido isto que anda por aí a acontecer e que consegiu pôr em segundo plano, pelo menos por um dia o caso Freeport. (Valha-nos isso!)
Eu que não percebo nada dessas coisas, mas que ando aqui como os outros e até páro para pensar um bocadinho, questiono-me. Até percebo que os médicos não prescrevam os genéricos porque, com os ordenados fabulosos que têm, estão-se bem nas tintas para mais uns euros que o paciente possa gastar porque o importante é alimentar os laboratórios que lhes dão uma viagem à pala com mulher incluída, um DVD portátil ou uma esferográfica (ok, ok, também há os que acreditam no potencial do medicamento). Percebo também que o Governo, preocupado em zelar com a saúde financeira dos contribuintes, e da sua, pois claro, tenha todo o interesse em potenciar o consumo de genéricos e que ainda não tenha tido tempo para pensar num meio eficiente de o fazer. O que não percebo mesmo, é a preocupação, à partida com nenhum outro interesse que não seja baixar os custos das famílias com os medicamentos, da Associação Nacional de Farmácias. Mas lá chegarei.
Nas "histórias de amor", o começo, mais ou menos ardente, é sempre bonito. O final, quando não é o clássico "e foram felizes para sempre", pode ser uma grande chatice. Conheço os dois lados dessa chatice. O lado de quem levou com os pés e não engole e o lado de quem deu com os pés para se ver livre e não consegue.
Quem levou com os pés e não engole tem-se em tal conta que não consegue compreender o facto de o mundo, afinal, ter alguém que não lhe achou assim tanta piada. Vê o outro como um inimigo a abater, desdanha, inventa trinta por uma linha para lhe atingir o ego, faz-lhe a vida negra por todas as maneiras que tem ao seu alcance, tenta denegrir a imagem. Enquanto anda nisto, deixa de ter vida. Acredito mais que seja uma questão de ego do que propriamente uma obsessão com o outro. A menos que estejamos a falar de doentes mentais, (e nem toda a gente egocêntica é doente mental) não me parece francamente que seja mais do que uma questão de ego. As perguntas "como é que ele me pôde fazer isto?", "quem é que ele julga que é?" aliadas a uma imaginação maldosamente perversa, dão lugar a perseguições, riscos no carro, cartas e telefonemas anónimos, difamação, etc, etc. A pessoa está tão habituada a controlar as situações (ou a julgar que controla) e que o mundo que a rodeia a acha a melhor do mundo que gere mal as contrariedades, não sabe lidar com a rejeição e acha que vale tudo para se vingar do mal que o outro lhe fez. Não consegue discernir que o outro não lhe fez mal nenhum, que, enquanto pessoa, é dotado de livre arbítrio e que não está preso a ela só porque ela quer. Mostrou-lhe que há um mundo que lhe agrada mais e que não a inclui e que está no seu direito. Mostrou-lhe, enfim, que o mundo não gira em trono dela, satisfazendo os seus caprichos só porque sim, só porque ela está habituada a isso.
O lado de quem deu com os pés para se ver livre e não vê é bem mais complicado, acho eu. Querer seguir com a vida prá frente, enterrar definitivamente aqueles que não farão mais parte não significa forçosamente não lhe ter dado a devida importância nem considerá-los como um erro. Nem todos os que fazem parte de um passado são erros só porque não serão futuro. Por mais que façam para se mostrarem presentes, se fôr a bem, não conseguem provocar outro sentimento que não seja compaixão; se fôr a mal, tornam-se um parasita de quem a pessoa se tem de conseguir libertar dê lá por onde der, e conseguem apagar o que de bom um passado teve.
Como em tudo na vida, as posições extremas não são boas para ninguém. Nem para quem é causa nem para quem é consequência. Melhor, melhor, será mesmo, aguentar a dor, dar tempo ao tempo, concentrar-se na sua própria vida, esquecer e deixar esquecer.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

www.abreafelicidade.com

Há coisas mesmo, mas mesmo, muito bonitas!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Primeiro é preciso arranjar sobre o que escrever. É preciso ter assunto ou, pelo menos, fingir que se tem. Seja o sexo dos anjos, o feminino versus masculino, o tempo, a última colecção da Prada, o amor ou o desamor, os carros, as viagens, o trabalho ou a falta dele, as aventuras dos filhos. Vale tudo, desde que dê para tecer considerações, comentários, ilusões, desabafos ou o que quer que seja.
Depois, é preciso dar-lhe forma. É preciso perceber por que é que se quer escrever sobre determinado assunto, o que é que se quer transmitir com a escrita e o que se sente em relação a ele. É precisa muita inspiração e muita dedicação. É preciso muita paciência, muita análise, muita argumentação e contra-argumentação, muita imaginação para tocar onde ninguém tocou (ou, pelo menos ter essa ambição) e muita criatividade. É preciso originalidade. Sentido de humor, mais ou menos acentuado, é imprescindível.
Quando o cursor começa a piscar, é necessário construir bem as frases, utilizar os tempos verbais acertados, não dar erros ortográficos, e, no caso de utilizar outra língua, certificar-se mesmo que não há erros de tipo nenhum. Têm de pôr-se as vírgulas no sítio certo e os pontos e os parágrafos.
Depois, é preciso, ler, reler, tornar a ler. Ficar satisfeito com o resultado e clicar no "publicar mensagem".
É preciso muito para escrever. Por isso, é que, por aqui, não tem havido muitos posts.