quarta-feira, 8 de abril de 2009

Imaginemos: eu vou ao médico, queixo-me disto ou daquilo e saio de lá com uma receita de um medicamento que irá curar o meu mal. Na ânsia de me curar rapidamente, corro à farmácia mais próxima e o farmacêutico diz-me que há um medicamento mais barato do que aquele que fará a mesma coisa e pergunta-me se não prefiro levar o mais barato. Fico em dúvida, com a consciência balançada entre o meter algum ao bolso e o barato sai caro.
Parece que tem sido isto que anda por aí a acontecer e que consegiu pôr em segundo plano, pelo menos por um dia o caso Freeport. (Valha-nos isso!)
Eu que não percebo nada dessas coisas, mas que ando aqui como os outros e até páro para pensar um bocadinho, questiono-me. Até percebo que os médicos não prescrevam os genéricos porque, com os ordenados fabulosos que têm, estão-se bem nas tintas para mais uns euros que o paciente possa gastar porque o importante é alimentar os laboratórios que lhes dão uma viagem à pala com mulher incluída, um DVD portátil ou uma esferográfica (ok, ok, também há os que acreditam no potencial do medicamento). Percebo também que o Governo, preocupado em zelar com a saúde financeira dos contribuintes, e da sua, pois claro, tenha todo o interesse em potenciar o consumo de genéricos e que ainda não tenha tido tempo para pensar num meio eficiente de o fazer. O que não percebo mesmo, é a preocupação, à partida com nenhum outro interesse que não seja baixar os custos das famílias com os medicamentos, da Associação Nacional de Farmácias. Mas lá chegarei.

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