terça-feira, 26 de maio de 2009

Nuno Lopes e os Globos de Ouro


Já que dizer mal é bem mais fácil do que dizer bem, podia-me pôr práqui a postar vestidos e a divagar sobre a pinderiquice que foram (são?!?!) os Globos de Ouro, porque, em Portugal, a ausência de gente bonita é notória e o glamour não é coisa que se force. Mas não me apetece mesmo ir por aí. O que me apetece mesmo é prestar uma homenagem (singela, é certo) ao Nuno Lopes, o responsável pel'O momento dos Globos de Ouro, e, se não o Melhor, pelo menos do Melhor que anda por Portugal. Que magnífico actor e que bonito ser humano!
(eu sei que já passou mais de uma semana, mas que querem? estive de férias!)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Do que eu gostava mesmo mesmo era de saber a fórmula para recuperar a confiança em alguém.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

"Shame on you if you fool me once, shame on me if you fool me twice"

quinta-feira, 7 de maio de 2009



Ainda não foi desta...
Enquanto esperava, tentei abstrair-me da quantidade de barrigas gigantes que me rodeavam e das conversas sobre pernas inchadas e contagem de semanas que insistiam em meter-se no meio da Caras em que tinha pegado para passar o tempo. À saída, por entre o pagamento e o recibo e a marcação da próxima consulta, não pude deixar de reparar que o número de barrigas à espera tinha aumentado e muito e não pude deixar de sentir o ar de felicidade que pairava naquela sala de espera. Senti-me em filme alheio e com uma vontade enorme de sair dali rapidamente para não estragar o quadro. Na rua, senti-me mal por me sentir assim e vim o caminho todo a pensar na pressão que sinto sobre a maternidade.
São as bocas do "então, quando é que te decides?" ou "devias começar a pensar nisso" ou "vê lá que depois já ficas velha e não tens paciência" ou "olha que se não te despachas, quando os teus filhos forem adolescentes tens a idade dos teus avós". São os "queria tanto ter um neto ou uma neta para poder passear e me fazer companhia" ou "todos os meus amigos já são avós, só eu é que não" ou "ter um neto ´que me faria feliz". É o olhar à volta e ver que todos os casais amigos, já têm filhos, uns planeados, outros não. É o ouvir com orgulho a maneira como cada um fala dos seus filhos como se fossem seres absolutamente perfeitos e sempre os melhores e o orgulho com que dizem que já são pais e mães. É a inevitável deixa "é tão bom, tens de ter".
Eu gosto de crianças, gosto muito de crianças, aliás. Simplesmente, neste momento, não me apetece ser mãe. Não sinto que tenha chegado a minha hora. Não sinto que esteja preparada para assumir essa responsabilidade e tudo o que isso implica.
Não nego que tenha que ver com egoismo, mas não me apetece nada deixar de conhecer a parte do mundo que me falta, deixar de poder passar fins de semana onde bem me apetece. Não me apetece andar feita louca sem domir uma noite seguida, deixar de trabalhar uns meses, regressar e sentir-me um alien e passar o tempo a tentar conciliar as papas, as fraldas e os horários de loucos que um trabalho implica. Não me apetece ter a responsabilidade de ter alguém a meu cargo o tempo todo e para sempre e sentir que há alguém que precisa mesmo de mim, a quem eu não posso desiludir. Não me sinto capaz de educar ninguém, de ter o trabalho de dizer não e explicar porquê. Não me apetece tornar-me mais empregada doméstica do que já sou e deixar um filho ser criado por uma não é mesmo dos meus princípios. Como diria o Pedro Paixão "quase gosto da vida que tenho" e não me apetece mesmo mudá-la. Esta é que é a verdade.
O pior é que assumir isto é mais complicado do que parece. A mim, pesa-me a consciência porque era suposto eu sentir as coisas de outra maneira. E os outros, acham-me um ser egoísta e bizarro.