sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

"Queria mesmo muito ser tua amiga. Amiga de verdade, amiga a sério. Como aquelas que eu já tive e que se perderam no tempo porque o espaço mudou. Gostava que fosses a minha confidente e eu a tua, mesmo no silêncio. É tão confortável o silêncio quando sinónimo de cumplicidade... Eu contava-te a minha vida e tu contavas-me a tua. Ampararias o meu choro quando as coisas não vão tão bem e irias comprrender a confusão que vai na minha cabeça tantas vezes. Dir-me-ías as verdades, duras e cruas, porque a ti tudo permitiria. Quando me achasses mais gorda, fazias-me ir ao ginásio e aconselhavas-me os mais recentes truques de maquilhagem quando os dias não são bons. Sentir-te-ías na minha casa como na tua e passaríamos serões a ver DVDs a comer queijo com vinho tinto, seguido de muitos cigarros e de um jogo de crapôt. Às vezes, saíriamos por aí. Iríamos comprar as futilidades que nos fariam felizes, almoçaríamos na esplanada ou iríamos dançar uma noite inteira seguida. Jamais nos queixaríamos a alguém de fora se, por algum motivo, nos desentendessemos. Respeitarias as minhas diferenças e eu as tuas. Seriamos amigas a sério. E eu ía gostar."

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