sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Pérolas a porcos

Depois de terem passado mais de 12 horas sobre o jantar de ontem e de, mesmo assim, não conseguir sequer imaginar-me sequer a olhar comida quanto mais a comê-la, dou por mim a pensar que há certas coisas que, para mim, são perfeitos desperdícios, o vulgar "dar pérolas a porcos", sendo eu, evidentemente, o porco.
Toda a gente tem os seus prazeres na vida, aquilo que gosta de fazer, aquilo a que realmente dá valor. Eu tenho alguns, do mais trivial que se possa pensar. Gosto de um banho de imersão demorado, gosto de um Martini e um cigarro ao final da tarde, de um livro que me prenda horas sem fim, de descobrir música nova, de roupa e de jóias e de maquilhagem, gosto de ir à manicure. Gosto tanto de dançar. Estas coisas dão-me realmente prazer. Quando acabo de as fazer sinto-me bem. Enquanto as faço, sinto-me eu.
Agora comer, realmente, não. Como porque tem de ser, porque não posso sobreviver de outra maneira, mas até tenho esperança que, um dia, inventem um susbstituto qualquer. Não tenho paciência para estar à mesa que tempos, nem estômago para comer pratos atrás de pratos. Nem gosto de pagar uma conta brutal num restaurante. Não dou esse dinheiro por bem empregue e pronto.
Por isso, ir degustar um menu com sete pratos é, para mim, um absoluto desperdício. Já estava fartinha de comer, fiquei mal disposta logo a seguir e ainda me sinto enfartada. Reconheço que a comida era óptima, a imaginação muita e a apresentação dos pratos absolutamente deslumbrante. Fica a experiência.

1 comentário:

Mr X disse...

Ai o que eu gosto de comida...