terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Re-start

Cria-se um blog e escreve-se. Não importa sobre o quê nem sobre quem. Escreve-se apenas porque apetece. Lêem-se outros, comenta-se. Comentam-nos. Torna-se um hábito visitar e ser visitado. Mandam-se e-mails e sai-se do pseudo-anonimato da blogoesfera para a familiaridade de números de telefone, almoços e jantares. Criam-se amizades, empatias, cumplicidades, correntes de afectos que se adicionam aos favoritos e aos contactos do messenger. Criam-se antipatias, mal-entendidos e desavenças. Assemelha-se tudo à realidade da vida. Deixa de se escrever o que apetece com medo de ferir susceptibilidades. E escreve-se outras tantas para ferir. O que, ao início, parecia uma libertação e um escape, acaba por tornar-se mais uma amarra. Um dia, acaba. Deixa-se para trás o pseudonimo e o blog. Começa-se outro noutro lado qualquer. E escreve-se autenticamente. Até ser possível. Depois, começa-se tudo outra vez.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tal e qual...

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