segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Em relação aos fundamentos das declarações "polémicas" de Dom José Policarpo da passada semana, limito-me a dizer que o Senhor está cobertinho de razão e que basta ler um ou dois daqueles livros que retraram o que, em nome de uma religião, os homens ousam fazer às mulheres para achar que ele ainda foi muito suave.
Isto não há cá religiões melhores nem piores. O que há é abusos cometidos em nome de um Deus e que resultam apenas de interpretações humanas de textos que dão azo aos mais revoltantes actos de falta de humanismo. E se na católica já não se praticam tais actos de forma tão ousada quanto há uns míseros séculos, essa que segue o Corão está bastante mais atrasada.
Dom José chamou a atenção para o assunto e fez bem. Muitíssimo bem. Não se trata de dizer que a minha religião é melhor do que a tua, nem de dizer que eles é que são os maus. Do que se tratou foi, no meu ponto de vista, de chamar a atenção para o facto de se ter bem a noção de que uma união com alguém de tal religião poderia trazer resultados bem negativos.
Não disse nada que não se soubesse já. O que não fez - e daí a polémica - foi dizer o que ninguém tem coragem de dizer. Porque faz parte do bom entendimento o não se falar em assuntos melindrosos, o não ferir susceptibilidades e o fazer de conta que não existe, que não se vê ou que não se sabe.

1 comentário:

Peter-Plane-Pane disse...

É tudo verdade... As afirmações do homem foram bem mais extensas do que os chavões oportunistas que se puseram na comunicação social...

Não gosto de religiões... Mas há que convir que as palavras integrais do cardeal, que já tive oportunidade de ouvir, encaixaram bem dentro daquilo a que se pode chamar honestidade intelectual. Só se prova que na igreja também há pessoas muito inteligentes...

A história das religiões é interessante..., uma forma de mentir ao mundo como meio de o sustentar...

Já nem sei o que é melhor... Colectivamente, atente-se; porque de um para um parece-me que a mentira é insustentável...