Por Assim Escrever

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Ai, esta mania que eu tenho de me fazer dura, difícil e inatingível. De fazer de contas que não te sinto a falta. Que já não te sinto, de todo. Esta mania de te fazer crer que passei à indiferença e que ver o teu carro estacionado à porta daquele restaurante não me lembra nem conversas, nem beijos nem, promessas do dia seguinte. Ai, esta coisa que vive comigo e me impede de te ligar só para ouvir a tua voz. Mentira. Só para te dizer que não passo um minuto sem me lembrar de nós, que te quero de volta e que só sou contigo. Que contigo fui mais feliz que nunca e que nunca mais consegui ser eu, sentir-me completa e com vontade de viver sempre mais. Finjo força. Superioridade e orgulho. E sofro. Sofro porque queria ser humana, queria ser capaz de pôr tudo isto de lado e deixar-me levar. Por mim, por ti. Por aquilo que nós éramos. Mas tenho esta mania.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

"Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. Acabas por aceitar as derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprendes a construir todas as tuas estradas de hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de algum tempo aprendes que o sol queima se te expuseres a ele por muito tempo. Aprendes que não importa o quanto tu te importas, simplesmente porque algumas pessoas não se importam... E aceitas que apesar da bondade que reside numa pessoa, ela poderá ferir-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso. Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se leva anos para se construir a confiança e apenas segundos para destruí-la, e que poderás fazer coisas das quais te arrependerás para o resto da vida. Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que tens na vida, mas quem tens na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprendes que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebes que o teu melhor amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobres que as pessoas com quem tu mais te importas são tiradas da tua vida muito depressa, por isso devemos sempre despedir-nos das pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprendes que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que podes ser. Descobres que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto. Aprendes que, ou controlas os teus actos ou eles te controlarão e que ser flexível nem sempre significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, existem sempre os dois lados. Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer enfrentando as consequências. Aprendes que paciência requer muita prática. Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te empurre, quando cais, é uma das poucas que te ajuda a levantar. Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tiveste e o que aprendeste com elas do que com quantos aniversários já comemoraste. Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que supunhas. Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são disparates, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobres que só porque alguém não te ama da forma que desejas, não significa que esse alguém não te ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, poderás ser em algum momento condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que tu o consertes. Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguém te traga flores. E aprendes que realmente podes suportar mais...que és realmente forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que tu tens valor diante da vida!”
William Shakespeare

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Estou mesmo a ficar velha:
- já não posso comer tostas mistas e chocolates sem que as minhas calças me chamem à razão;
- uma directa é algo impensável e perder uma manhã de sonho um autêntico pesadelo;
- saltos altos só dia sim dia não e os vertiginosos já não me atraem minimamente;
- tenho cada vez menos tempo livre e o que tenho é mais a tratar dos outros do que de mim;
- gosto cada vez menos de me ver sem maquilhagem;
- assusta-me a crise financeira deste país e nem consigo deixar de pensar se terei mesmo reforma daqui a uns anos;
- penso mais um bocadinho antes de falar;
- não faço ideia do que se dança por aí;
- cozinho bem, cada vez melhor;
- preciso de 4 cafés por dia;
- gosto de hotéis de 5 estrelas e de pequenos-almoços.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010


sexta-feira, 4 de junho de 2010

"Sex and the city - 2": a desilusão


Perdi a conta aos meses que andava em contagem decrescente. Fiquei feliz da vida quando descobri que o CinemaCity tinha uma sessão à meia noite na véspera da estreia e que, por isso, poderia antecipar o reencontro. Comprei os bilhetes de imediato pela net e ganhei uma força só explicável pela adrenalina para ponderar começar a ver um filme de mais de duas horas à meia-noite, depois de um dia/semana/meses de trabalho extenuante. Tive a desilusão da minha vida.
Sou fã da série, vi-a na TV, revi-a em dvd sei lá quantas vezes, vi o 1º filme também algumas.
O filme é oco, oco. A vida actual das personganes não é explorada como deveria ser. Os diálogos são muito superficiais. O ritmo vai decaindo, decaindo. Vale muito pelo guarda-roupa, vale. Mas até esse toca o desacabido por desadequado. Falta Nova York, faltam elas.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

"Sei o que sentes quando te dizes perdida. Parece que estás contra o mundo todo e sentes-te ingrata porque sabes que não tens razões. No fundo, no fundo, é apenas essa tua cabecinha que nem sempre entende o teu coração e se vê louca para o tentar pôr onde deve estar. Tens vontade de ligar a alguém que não te peça palavras e que adivinhe o que te vai na alma, que te entretenha os pensamentos para não irem sempre para o assunto, mas desistes porque bem sabes que ninguém te compreende como tu gostarias e que seria só mais um frustração a somar às outras que sentes. Perguntas-te como chegaste aqui e, sobretudo, para onde queres ir. Temes não o teu futuro, mas o que podes fazer com ele. Enganas-te a procurar a explicação para tudo isto na TPM e nem olhas para a caixa da pílula para os comprimidos não te contrariarem. Estás farta que te contrariem. Estás farta de te sentir responsável pelos outros, de sentir que tens de fazer o que esperam de ti e que não podes defraudar expectativas que te cairam em cima nem sabes donde. Quem terá inventado estas regras todas a que tens de obedecer?! Por que raio te custa tanto aceitar o mundo tal como ele é?! Não seria tudo mais simples se não pensasses tanto?! Não seria tudo mais simples se te limitasses a aceitar a vida tal como ela é, sem esperar muito mais do que tens e sem estares sempre a fazer planos para ir mais além?! Devias ser mais resignada, mas conformada e menos problemática, pensas tu. e, entretanto, andas nessa confusão do tentar aceitar e não conseguir. Sei como é."

quinta-feira, 29 de abril de 2010




Ok, assim, rendo-me ao futebol.