Para que não haja dúvidas nos próximos 90 anos de trabalho que ainda tenho pela frente (porque isto da idade da reforma, diz o Estado, é como a morte: vai-se adiando e quanto mais tarde melhor!), deixo aqui gravado: odeio, abomino trabalhar em Open Space.
Odeio que me forcem a fazer parte do que quer que seja e que me obriguem a socializar com quem não me identifico. Não gosto que se saiba quantas chiclets mastigo por dia, quantos cafés tomo, quantas vezes vou à net, quantos telefonemas faço e a quem faço e o que digo. Detesto ter de levar com as conversas dos outros a toda a hora, ter as mesmas caras mesmo à frente 10 horas por dia. Não suporto o barulho que se gera num espaço desse tipo, nem do esforço triplamente necessário de concentração.
Gosto muito da minha privacidade e não sou nem simpática quando não me apetece e para quem não me apetece, nem tolerante com a burrice alheia. Não me interessa a vida dos outros e detesto que se interessem pela minha. Salvo raríssimas excepções não faço amigos nos colegas de trabalho.